terça-feira, 18 de setembro de 2012

A BÍBLIA


Acima - Divisão da Bíblica Católica

A Bíblia é uma pequena biblioteca
A palavra Bíblia vem do termo grego “Biblión”, que quer dizer “livros”, no plural. A palavra Bíblia está no plural porque não se trata apenas de um livro, e sim de uma coleção de livros, formando uma espécie de pequena biblioteca.

O Numero de livros
A Bíblia começou a ser escrita por volta de 1000 a. C. após um longo processo de transmissão oral, ou seja, antes de começarem a serem escritos os fatos bíblicos eram contados de pai para filhos e assim sucessivamente por muitos séculos, até que, com a invenção da escrita, se formou a Bíblia.
A Bíblia Hebraica (dos judeus) só admite os livros da chamada “Antiga Aliança”, “Antigo Testamento” ou “Velho Testamento” e está dividida em três partes: Torá (Instrução ou Lei), Profetas (Neviim) e os Escritos (Kethuvim) distribuídos em 24 livros.
A Bíblia católica contém 73 livros no total, enquanto que a Bíblia evangélica possui apenas 66, ou seja, a Bíblia evangélica tem sete livros a menos em relação à Bíblia católica. Estes livros são: Tobias, Judite, 1º Macabeus, 2º Macabeus, Baruque, Sabedoria e Eclesiástico. Além dos seguintes fragmentos de Ester 10, 4-16 e de Daniel 3, 24-20; 13-14.

Acima - Divisão da Bíblia Protestante

Por que a diferença entre a Bíblia católica e a dos chamados “evangélicos”?
Os evangélicos admitirem apenas a autoridade dos escritos bíblicos, ao contrário dos católicos que além da Bíblia também admitem a autoridade da “Tradição Apostólica” e a dos “Antigos Padres da Igreja” além do “Magistério Permanente” (que corresponde à autoridade dos Papas e a dos bispos reunidos em Concílio Ecumênico).  
Os livros bíblicos não aceitos pelos evangélicos são os mesmos recusados pela “tradição judaica” por não serem considerados “inspirados por Deus”.  Isto porque os judeus da Palestina só consideram os textos bíblicos escritos no idioma hebreu, desconsiderando as outras línguas estrangeiras.
Obedecendo as ideias de Martinho Lutero, o pai do protestantismo, durante a reforma no século XVI d.C. os protestantes adotaram a mesma regra judia para a aceitação dos livros do Antigo Testamento. Já os católicos, justificando-se de que Jesus provavelmente teve acesso aos textos bíblicos tantos no idioma hebraico, como no aramaico e no grego, tendo prevalecido o idioma grego na época dos apóstolos quando surgiu a Igreja cristã. Por essa razão, os católicos passaram a admitir também os livros escritos em grego que não faziam parte da bíblia hebraica.

A Tradução da Bíblia
Primeiro, é preciso entender que a Bíblia foi originalmente escrita em hebraico e aramaico (antigo testamento) e grego (novo testamento). Posteriormente o Antigo Testamento (AT) foi traduzido para o grego. As Bíblias escritas em outros idiomas como inglês, espanhol, francês, alemão, português, etc, são versões do grego original. Desta forma, cada tradutor usou expressões diferentes em seu próprio idioma para representar aquilo que estava escrito em grego.
As diferentes versões da Bíblia, normalmente não alteram o sentido original, por isto, tanto a tradução católica como a evangélica tem o mesmo princípio. Evidentemente que alguns termos podem ter sido adaptados a uma comunidade em detrimento de outra.

 
     Acima - Bíblia Católica                                                       Acima - Bíblia Ecumênica 

A Tradução da Bíblia para o português do Brasil
Bíblia evangélica usada no Brasil foi traduzida para o português por João Ferreira de Almeida, um português católico que se converteu ao protestantismo em 1642 e logo em seguida iniciou o trabalho de tradução. A versão de Almeida foi a primeira em língua portuguesa.
Bíblia católica possui diversas traduções, as mais conhecidas em língua portuguesa são: a Bíblia de Jerusalém, a Bíblia Ave Maria, a Bíblia da CNBB, entre outras.
Vale ressaltar que existem em português algumas traduções da Bíblia aceitas tantos por católicos como por evangélicos e os de outras denominações cristãs como os anglicanos e ortodoxos. São as seguintes Bíblias: a “Nova Tradução da Bíblia em Linguagem de Hoje” publicada tanto pela Sociedade Bíblica do Brasil (que é evangélica) como pelas Edições Paulinas (que é católica). Também a TEB – Tradução Ecumênica da Bíblia (publicada por edições Loyola – católica) e é uma bíblia que tenta aproximar a todas as confissões cristãs: católicos, evangélicos, anglicanos, ortodoxos, além dos judeus. Um importante avanço para a unidade entre cristãos e judeus.
As diferenças entre a Bíblia católica e a Bíblia evangélica não torna uma verdadeira e a outra falsa. A Bíblia é única em sua essência e tem o mesmo propósito que é apresentar a salvação em Jesus, o Cristo.
Tanto os Católicos como os evangélicos submetem-se à mesma Palavra. O critério de salvação para um evangélico é o mesmo para um católico. Se os evangélicos insistem que é necessário entregar a vida a Jesus e obedecer à Palavra de Deus, a Bíblia católica não desmente isto, pelo contrário, ela confirma isto.
Portanto, a diferença entre evangélicos e católicos não é pelo que está na Bíblia e sim pelo que não está. Enquanto que os evangélicos têm sua fé fundamentada única e exclusivamente nas Sagradas Escrituras, os católicos baseiam-se, além das escrituras, também na “Tradição” e nos “dogmas da Igreja”, como: a  assunção de Maria, a infalibilidade do papa, o purgatório, o culto aos mortos, culto aos santos, entre outros. Estes ensinamentos não estão explicitados na Bíblia e sim na “Tradição” e nos “ensinamentos dados pela Igreja através da autoridade do papa e dos concílios” e, por isso são alguns dos pilares que distanciam evangélicos de católicos.

3 comentários:

  1. Procuro um texto sobre explicando sobre a Biblia Sagrada para trasmitir a crianças de 08 anos, 3º ano fundamental

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  2. Procuro um texto sobre explicando sobre a Biblia Sagrada para trasmitir a crianças de 08 anos, 3º ano fundamental

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  3. Da parte católica eu recomendo a "Preparação para a Eucaristia e para a vida em comunidade" de Afonsina Mendes Roma, da Editora Santuário. (Não sei qual está sendo adotado agora, que o que cito é de anos atrás. O importante ali é que não foca cruamente só a passagem bíblica da criação mas levemente introduz algo mais.Para os menorzinhos também eu gosto do "Para os Pequeninos do Jardim da Infância - (desenho fácil no quadro negro) - de Abbé Quinet, inspetor de ensino religioso da diocese de Paris - ano 1964, editora Vozes.

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