Acima - Divisão da Bíblica Católica
A Bíblia é uma pequena
biblioteca
A palavra Bíblia vem do termo
grego “Biblión”, que quer dizer “livros”, no plural. A palavra Bíblia está no
plural porque não se trata apenas de um livro, e sim de uma coleção de livros,
formando uma espécie de pequena biblioteca.
O Numero de livros
A Bíblia começou a ser escrita
por volta de 1000 a. C. após um longo processo de transmissão oral, ou seja,
antes de começarem a serem escritos os fatos bíblicos eram contados de pai para
filhos e assim sucessivamente por muitos séculos, até que, com a invenção da
escrita, se formou a Bíblia.
A Bíblia Hebraica (dos judeus) só admite os livros da chamada “Antiga
Aliança”, “Antigo Testamento” ou “Velho Testamento” e está dividida em três partes: Torá (Instrução ou Lei), Profetas
(Neviim) e os Escritos (Kethuvim) distribuídos em 24 livros.
A Bíblia católica contém 73
livros no total, enquanto que a Bíblia
evangélica possui apenas 66, ou seja, a Bíblia evangélica tem
sete livros a menos em relação à Bíblia católica. Estes livros são:
Tobias, Judite, 1º Macabeus, 2º
Macabeus, Baruque, Sabedoria e Eclesiástico. Além dos seguintes fragmentos
de Ester 10, 4-16 e de Daniel 3, 24-20; 13-14.
Acima - Divisão da Bíblia Protestante
Por que a diferença entre
a Bíblia católica e a dos chamados “evangélicos”?
Os evangélicos admitirem apenas a
autoridade dos escritos bíblicos, ao
contrário dos católicos que além da Bíblia também admitem a autoridade da “Tradição Apostólica” e a dos “Antigos Padres da Igreja” além do “Magistério Permanente” (que
corresponde à autoridade dos Papas e a dos bispos reunidos em Concílio
Ecumênico).
Os livros bíblicos não aceitos
pelos evangélicos são os mesmos recusados pela “tradição judaica” por não serem
considerados “inspirados por Deus”. Isto porque os judeus da Palestina só
consideram os textos bíblicos escritos no idioma hebreu, desconsiderando as
outras línguas estrangeiras.
Obedecendo as ideias de Martinho
Lutero, o pai do protestantismo, durante a reforma no século XVI d.C. os
protestantes adotaram a mesma regra judia para a aceitação dos livros do Antigo
Testamento. Já os católicos, justificando-se de que Jesus provavelmente teve
acesso aos textos bíblicos tantos no idioma hebraico, como no aramaico e no
grego, tendo prevalecido o idioma grego na época dos apóstolos quando surgiu a
Igreja cristã. Por essa razão, os católicos passaram a admitir também os livros
escritos em grego que não faziam parte da bíblia hebraica.
A Tradução da Bíblia
Primeiro, é preciso entender que
a Bíblia foi originalmente escrita em hebraico e aramaico (antigo testamento) e
grego (novo testamento). Posteriormente o Antigo Testamento (AT) foi traduzido
para o grego. As Bíblias escritas em outros idiomas como inglês, espanhol,
francês, alemão, português, etc, são versões do grego original. Desta forma,
cada tradutor usou expressões diferentes em seu próprio idioma para representar
aquilo que estava escrito em grego.
As diferentes versões da Bíblia,
normalmente não alteram o sentido original, por isto, tanto a tradução católica
como a evangélica tem o mesmo princípio. Evidentemente que alguns termos podem
ter sido adaptados a uma comunidade em detrimento de outra.
Acima - Bíblia Católica Acima - Bíblia Ecumênica
A Tradução da Bíblia
para o português do Brasil
A Bíblia evangélica usada
no Brasil foi traduzida para o português por João Ferreira de Almeida, um
português católico que se converteu ao protestantismo em 1642 e logo em seguida
iniciou o trabalho de tradução. A versão de Almeida foi a primeira em língua
portuguesa.
A Bíblia católica possui
diversas traduções, as mais conhecidas em língua portuguesa são: a Bíblia de
Jerusalém, a Bíblia Ave Maria, a Bíblia da CNBB, entre outras.
Vale ressaltar que existem em
português algumas traduções da Bíblia aceitas tantos por católicos como por
evangélicos e os de outras denominações cristãs como os anglicanos e ortodoxos.
São as seguintes Bíblias: a “Nova
Tradução da Bíblia em Linguagem de Hoje” publicada tanto pela Sociedade Bíblica do Brasil (que é evangélica)
como pelas Edições Paulinas (que é católica). Também a TEB – Tradução Ecumênica
da Bíblia (publicada por edições Loyola – católica) e é uma bíblia que tenta
aproximar a todas as confissões cristãs: católicos, evangélicos, anglicanos,
ortodoxos, além dos judeus. Um importante avanço para a unidade entre cristãos
e judeus.
As diferenças entre a
Bíblia católica e a Bíblia evangélica não torna uma verdadeira e a outra
falsa. A Bíblia é única em sua essência e tem o mesmo propósito que é apresentar
a salvação em Jesus, o Cristo.
Tanto os Católicos como os evangélicos
submetem-se à mesma Palavra. O critério de salvação para um evangélico é o
mesmo para um católico. Se os evangélicos insistem que é necessário entregar a
vida a Jesus e obedecer à Palavra de Deus, a Bíblia católica não desmente isto,
pelo contrário, ela confirma isto.
Portanto, a diferença entre
evangélicos e católicos não é pelo que está na Bíblia e sim pelo que não está.
Enquanto que os evangélicos têm sua fé fundamentada única e exclusivamente nas
Sagradas Escrituras, os católicos baseiam-se, além das escrituras, também na “Tradição”
e nos “dogmas da Igreja”, como: a assunção de Maria, a infalibilidade do
papa, o purgatório, o culto aos mortos, culto aos santos, entre outros. Estes
ensinamentos não estão explicitados na Bíblia e sim na “Tradição” e nos
“ensinamentos dados pela Igreja através da autoridade do papa e dos concílios” e,
por isso são alguns dos pilares que distanciam evangélicos de católicos.
Procuro um texto sobre explicando sobre a Biblia Sagrada para trasmitir a crianças de 08 anos, 3º ano fundamental
ResponderExcluirProcuro um texto sobre explicando sobre a Biblia Sagrada para trasmitir a crianças de 08 anos, 3º ano fundamental
ResponderExcluirDa parte católica eu recomendo a "Preparação para a Eucaristia e para a vida em comunidade" de Afonsina Mendes Roma, da Editora Santuário. (Não sei qual está sendo adotado agora, que o que cito é de anos atrás. O importante ali é que não foca cruamente só a passagem bíblica da criação mas levemente introduz algo mais.Para os menorzinhos também eu gosto do "Para os Pequeninos do Jardim da Infância - (desenho fácil no quadro negro) - de Abbé Quinet, inspetor de ensino religioso da diocese de Paris - ano 1964, editora Vozes.
ResponderExcluir