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segunda-feira, 11 de junho de 2012

O planeta em que vivemos

Planeta Terra

A Terra é um planeta que gira em torno do Sol; é o terceiro mais próximo dessa estrela e está situado entre os planetas Vênus e Marte.

Até o momento, a Terra é o único planeta em que se sabe há vida. Mas isso só é possível devido à posição que a terra ocupa em relação ao Sol: a terra está distante do sol a aproximadamente 149.600.000 quilômetros. 

A posição que a terra ocupa na via láctea (nome da nossa galáxia) privilegia o nosso planeta já que estamos há uma distância considerada ideal, ou seja, se estivéssemos mais próximos do sol, daquilo que já estamos não haveria vida no planeta terra devido ao excesso de calor, por outro lado, se a terra estivesse mais distante do sol, daquilo que ela já está, a terra esfriaria demasiadamente impossibilitando a vida no planeta, devido ao congelamento que ocorreria no mesmo.

Sabe-se que 70% da superfície da terra é coberta por água, contribuindo bastante para as condições ideais de vida no planeta. Já os 30% restantes, da sua superfície, representam a sua parte sólida que chamamos de continentes, conhecidos por: Ásia, África, América, Antártica, Europa e Oceania.

A terra conta ainda com uma espécie de escudo protetor, parecido a uma gigantesca bolha de ar, que a envolve por completo, protegendo-nos dos choques contra os meteoritos, filtrando os raios solares nocivos à vida e concentrando o oxigênio necessário à vida na superfície terrestre. Essa proteção chama-se atmosfera.

A terra está sempre em movimento. Os dois movimentos que a terra executa são os de rotação e o de translação.

O movimento de rotação, é aquele que a terra faz girando em torno ao seu próprio eixo imaginário. Esse movimento nos faz entender que é executado do oeste para o leste e tem a duração de 23 horas, 56 minutos, 4 segundos e 9 centésimos. A rotação da terra nos permite contar os dias, as horas, os minutos, os segundos e os centésimos de segundos.
Movimento de Rotação da Terra

Já o movimento de translação trata-se da volta completa que dá a terra em torno do sol. Este movimento dura em torno de 365 dias, ou seja, um ano e seis horas. A cada quatro anos os cientistas multiplicam as 6 horas que sobram de cada ano por 4 (6x4=24 horas), um dia a mais, dando origem ao ano bissexto, o ano que contém 366 dias. 
Movimento de Translação da Terra

O movimento de translação além de identificar a sucessão de anos, também nos permite reconhecer o ciclo das estações que cada ano apresenta, como: primavera, verão, outono e inverno.

O planeta em que vivemos possui uma grande beleza e uma enorme diversidade de fauna (vida orgânica animal) e de flora (vida orgânica vegetal e mineral), graças aos diferentes climas e tipos de solos que no planeta existem, além da água abundante.

Agora teste o seu conhecimento:
1. Explique por que a terra é o único planeta da Via Láctea que possui vida?
2. Por que no planeta terra há diversidade de fauna e de flora?
3. Por que quando um meteorito se precipita contra o nosso planeta este se inflama e se autodestrói antes mesmo de alcançar o solo?
4. Explique o movimento de translação que a terra executa.
5. O que é o movimento de rotação e qual a sua durabilidade?

domingo, 3 de junho de 2012

A Carta da Terra




PREÂMBULO
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.

Terra, Nosso Lar
A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.

A Situação Global
Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos eqüitativamente e o fosso entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causa de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.

Desafios Para o Futuro
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais, não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano.
Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados, e juntos podemos forjar soluções includentes.

Responsabilidade Universal
Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade terrestre bem como com nossa comunidade local. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual a dimensão local e global estão ligadas. Cada um compartilha da responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida, e com humildade considerando em relação ao lugar que ocupa o ser humano na natureza.

Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, todos interdependentes, visando um modo de vida sustentável como critério comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos, e instituições transnacionais será guiada e avaliada.

PRINCÍPIOS

I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DA VIDA


1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.
a. Reconhecer que todos os seres são interligados e cada forma de vida tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos.
b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.

2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.
a. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais vem o dever de impedir o dano causado ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas.
b. Assumir que o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder implica responsabilidade na promoção do bem comum.

3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.
a. Assegurar que as comunidades em todos níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada um a oportunidade de realizar seu pleno potencial.
b. Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a consecução de uma subsistência significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.

4. Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações.
a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.
b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem, em longo prazo, a
prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.

Para poder cumprir estes quatro amplos compromissos, é necessário:
II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA

5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.
a. Adotar planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável em todos os níveis que façam com que a conservação ambiental e a reabilitação sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.
b. Estabelecer e proteger as reservas com uma natureza viável e da biosfera, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.
c. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçadas.
d. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que causem dano às espécies nativas, ao meio ambiente, e prevenir a introdução desses organismos daninhos.
e. Manejar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida marinha de forma que não excedam as taxas de regeneração e que protejam a sanidade dos ecossistemas.
f. Manejar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis de forma que diminuam a exaustão e não causem dano ambiental grave.

6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.
a. Orientar ações para evitar a possibilidade de sérios ou irreversíveis danos ambientais mesmo quando a informação científica for incompleta ou não conclusiva.
b. Impor o ônus da prova àqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que os grupos sejam responsabilizados pelo dano ambiental.
c. Garantir que a decisão a ser tomada se oriente pelas conseqüências humanas globais, cumulativas, de longo prazo, indiretas e de longo alcance.
d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.
e. Evitar que atividades militares causem dano ao meio ambiente.

7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
a. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
b. Atuar com restrição e eficiência no uso de energia e recorrer cada vez mais aos recursos energéticos renováveis, como a energia solar e do vento.
c. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias ambientais saudáveis.
d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam as mais altas normas sociais e ambientais.
e. Garantir acesso universal à assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.
f. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito.

8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a ampla aplicação do conhecimento adquirido.
a. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada a sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.
b. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuam para a proteção ambiental e o bem-estar humano.
c. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, estejam disponíveis ao domínio público.

III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA


9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.
a. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não-contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, distribuindo os recursos nacionais e internacionais requeridos.
b. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma subsistência sustentável, e proporcionar seguro social e segurança coletiva a todos aqueles que não são capazes de manter-se por conta própria.
c. Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem, e permitir-lhes
desenvolver suas capacidades e alcançar suas aspirações.

10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.
a. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro das e entre as nações.
b. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e isentá-las de dívidas internacionais onerosas.
c. Garantir que todas as transações comerciais apóiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.
d. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais atuem com
transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas conseqüências de suas
atividades.

11. Afirmar a igualdade e a eqüidade de gênero como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas.
a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas.
b. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias.
c. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e a educação amorosa de todos os membros da família.

12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, concedendo especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.
a. Eliminar a discriminação em todas suas formas, como as baseadas em raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.
b. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas a formas sustentáveis de vida.
c. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.
d. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.

IV.DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ


13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e proporcionar-lhes transparência e prestação de contas no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões, e acesso à justiça.
a. Defender o direito de todas as pessoas no sentido de receber informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que poderiam afetá-las ou nos quais tenham interesse.
b. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações na tomada de decisões.
c. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de assembléia pacífica, de associação e de oposição.
d. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos administrativos e judiciais independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos.
e. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
f. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas mais efetivamente.

14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
a. Oferecer a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.
b. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na educação para sustentabilidade.
c. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no sentido de aumentar a sensibilização para os desafios ecológicos e sociais.
d. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma subsistência sustentável.

15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
a. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los de sofrimentos.
b. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável.
c. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.

16. Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz.
a. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações.
b. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para manejar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.
c. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até chegar ao nível de uma postura não-provocativa da defesa e converter os recursos militares em propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.
d. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em massa.
e. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico mantenha a proteção ambiental e a paz.
f. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte.

O CAMINHO ADIANTE

Como nunca antes na história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa dos princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.

Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável aos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa, e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar expandir o diálogo global gerado pela Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca
iminente e conjunta por verdade e sabedoria.

A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Porém, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.

Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacional legalmente unificador quanto ao ambiente e ao desenvolvimento.

Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela justiça e pela paz, e a alegre celebração da vida.



Nota: 

A Carta da Terra é um Documento elaborado pela ONU no ano de 1987 para defender os interesses sustentáveis, a paz e a justiça socioeconômica. Este documento tem o apoio de milhares de organizações do mundo todo que pressionam as nações para que implantem políticas publicas e criem leis que coíbam a degradação do nosso planeta.



segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A Criação - Como tudo começou



A criação

O ser humano, ao longo de sua história, sempre esteve instigado a investigar e descobrir a origem da Terra, dos seres vivos e a sua própria origem. Ao longo do tempo e nas mais diversas comunidades criaram-se explicações para o surgimento da Terra e dos humanos que nela habitam.

A criação segundo os indígenas brasileiros

Os indígenas brasileiros, por exemplo, têm em sua rica cultura diversas lendas que explicam o surgimento e a existência dos mais variados elementos, seres e fenómenos da natureza.
Apesar de as lendas variarem de um para outro povo indígena, em todas elas há explicações para a criação do mundo e dos seres que o habitam e para os elementos e fenómenos que os acompanham.
Segundo uma dessas lendas, Tupã (o Deus maior e do Bem) criou o Universo cheio de beleza e perfeição. Encheu o vasto céu de estrelas luminosas. Colocou no infinito laci (ou Jaci), a Lua, para presidir a noite e suavizar a vida dos seres humanos. Também criou Guaraci, o Sol, que dá vida a todas as criaturas e preside o dia. Conforme a lenda, Tupã criou o homem e a mulher, os animais e os vegetais.

A criação na mitologia grega

Para os gregos antigos, o surgimento do Universo estava relacionado com a existência de divindades. Segundo as lendas da mitologia grega, no princípio, havia somente o grande Caos, a primeira divindade surgida no Universo.
Depois surgiu Gaia (a Terra), dando ao Caos um sentido, limitando-o especialmente. Em seguida, surgiu a Noite e o Érebo (sombras).
Gaia, sozinha, gerou Urano (o Céu). Também sozinha, a Noite gerou o Dia.
Surgiu, então, Eros, o amor universal, que fez Gaia se apaixonar por Urano e gerar os primeiros deuses — seres gigantescos com força extrema chamados de Titãs — e também os Ciclopes, que eram deuses gigantes com um só olho na testa, todos violentos e destruidores.
Segundo a lenda, um dos filhos de Gaia e Urano, Cronos (o Tempo), revoltou-se contra seus irmãos e seu pai, castrando-o, para assim evitar o nascimento de mais irmãos destruidores. Com isso, a Terra e o Céu foram separados. Posteriormente, na Terra, viria a surgir o homem.

A criação segundo outros povos

Entre os hindus, Shiva, deus da destruição e regeneração, está ligado ao surgimento do mundo, pois foi ele quem o criou.
Para os astecas, o primeiro deus, Ometecuhtli (deus supremo), surgiu com aspecto feminino e masculino, gerando quatro filhos, os Tezcatlipocas, que disputavam o mundo, destruindo-o por quatro vezes. Ometecuhtli gerou então outro filho que por si criou o mundo e os seres humanos.
Todas essas explicações e tantas outras que existem são mitos criados pelos seres humanos, visando suprir a curiosidade quanto ao início da existência humana, pois este sempre foi um tema intrigante nutrido pela humanidade.
Os seres humanos mais remotos perguntavam-se como surgira o Universo, as pessoas e todas as coisas. Com o tempo, foram aparecendo mitos, que eram hipóteses para responder a esses questionamentos.
Mais tarde, surgiu a ciência, que se tornou responsável por investigar e explicar os mais diversos fenómenos naturais.
Perguntas como "Por que chove?" ou "Por que existem terremotos?", além de uma infinidade de outras indagações, foram explicadas pelos cientistas, com o emprego de variadas ciências.
Para a ciência, o Universo surgiu a partir de uma expansão iniciada há aproximadamente 20 bilhões de anos. Essa teoria é chamada de Big-Bang e, por ela, inicialmente tudo que existe, no Universo, estava concentrado em uma situação de altíssimas densidade e temperatura; então, matéria e energia começaram a se expandir, resultando no Universo que conhecemos hoje. Essa expansão continua ocorrendo, e, desse modo, o Universo vai crescendo a cada dia.
De acordo com essa teoria, após 400 milhões de anos do início da expansão, formaram-se as galáxias e, logo depois, as estrelas. O Sol surgiu há aproximadamente 5 bilhões de anos, e o nosso planeta, há aproximadamente 4,6 bilhões de anos. A Terra localiza-se em uma galáxia espiral chamada Via Láctea, que por sua vez é constituída por aproximadamente 100 bilhões de estrelas.

A criação segundo a Bíblia

Diante da imensidão do Universo, ficamos ainda mais inquietos, pois percebemos a nossa insignificância e pequenez perante tudo isso.
A ciência explicou diversos fenómenos que, no passado, eram inexplicáveis, mas ainda não conseguiu explicar com total satisfação a origem da vida na Terra. Também ainda não determinou com precisão o momento em que tudo surgiu.
Quanto mais se descobre, mais questionamentos surgem quanto à criação e ao início de tudo. No entanto, apesar da natural curiosidade humana, nem tudo pode ser conhecido e compreendido cientificamente. Por isso, todo esse mistério nos aproxima ainda mais de Deus.
Tudo nos leva a crer na existência de um ser superior a tudo e a todos, e que realmente seria o criador, como relata a Bíblia, um livro considerado sagrado pela maior parte das religiões e inspirado por Deus, também chamado de Javé (ou Jeová).
Na Bíblia Sagrada, é o Génesis — primeiro livro do Velho Testamento — que explica o surgimento dos seres humanos na Terra:

No princípio, criou Deus os céus e a terra.
E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.
E disse Deus: Haja luz; e houve luz.
E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.
E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. [...]
E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca.
E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom.
E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra; e assim foi.
E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
[...]
E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos.
E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi.
E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas.
E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra,
E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era bom. [...]
E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus.
E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
E Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares; e as aves se multipliquem na terra. [...]
E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis e feras da terra, conforme a sua espécie; e assim foi.
E fez Deus as feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.
E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento.
E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi.
E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom.

Bíblia Sagrada. Génesis, capítulo 1, versículos 1 a 31.

Bibliografia:

Vasconcelos, Ana: Coleção base do Saber: ensino religioso, 1ª ed. – São Paulo, Editora Rideel, 2009, páginas 10-15


Para responder:

1. O que diz a lenda indígena sobre a criação do mundo?
2. Como a mitologia grega explica a criação do universo? 
3. Em que livro, capítulo e versículos da Bíblia encontramos o relato da criação do mundo? 
4. Qual a explicação da ciência para a origem do universo (mundo)?
5. Apesar das diferentes explicações sobre o surgimento do universo, percebe-se que todos os povos são unânimes em afirmar a necessidade da existência de uma inteligência superior criadora e ordenadora a quem comumente damos o nome de ____________________.